quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dicas da ANICS - Associação Nacional das Indústrias de carne-seca

Há algum tempo se fez necessária a criação de uma Associação que defendesse e explicasse com clareza os assuntos relacionados à carne-seca no Brasil.

Como sabemos é um produto muito consumido pela população do país, é reconhecido por diversos nomes e, muitas vezes, produzido em domicílio de acordo com tradições familiares e culturais.

O consumidor de carne-seca saiu ganhando com criação da ANICS - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS DE CARNE SECA que, além de defender os interesses das empresas associadas, estimula o desenvolvimento técnico, profissional e social das empresas e leva ao consumidor informações relevantes do setor.

Tanto receitas com carne-seca e produtos sendo vendidos inadequadamente já foram mostrados pela mídia televisiva e isso prova que a população tem interesse e precisa estar bem informada sobre as formas de manipulação e comercialização da carne-seca.

O atual presidente da ANICS e Diretor da Paineira Alimentos, Rodrigo Vogel, já explicou em programas como Mais Você, da Ana Maria Braga, e Viva Melhor, da Rede Vida os benefícios, formas corretas de armazenamento e valores nutricionais da carne-seca.
Os dois vídeos estão abaixo e cada um deles contém dicas importantes para os consumidores.





Também já citamos aqui as melhores dicas para adquirir um produto com boa qualidade e procedência para os amantes da carne-seca consumirem tranquilamente sem nenhum peso na consciência.

Consuma sem medo, mas faça as escolhas certas com todas as dicas você viu aqui.

Bom apetite!

Escrito por Marceno Braga

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Você já comeu Maniçoba?

Já falamos aqui sobre a variedade de termos culinários no Brasil em função de sua grandeza. Dependendo de onde você está lendo este artigo, a maniçoba pode ser algo totalmente novo para seus ouvidos e muito mais para seu paladar.
Mas para quem vive no Norte do Brasil não é não, ela é a famosa Feijoada Paraense, um prato feito a partir das folhas da “mandioca brava” ou maniva, cozida por sete dias e acrescida de carne de porco, carne-seca e paio.

Em Belém do Pará a maniçoba é uma tradição no almoço do Círio de Nazaré,  uma das maiores procissões católicas do Brasil e do mundo, com aproximadamente  dois milhões de romeiros por ano em caminhada em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, mãe de Jesus. 

Na natureza, por ser muito saborosa, a maniva é bastante procurada pelos animais em pastejo, que a consomem com avidez. A planta também oferece alto teor de proteína bruta e também boa digestibilidade.

De origem indígena o prato leva 7 dias para cozinhar pois a maniva (folha da mandioca) é venenosa (acido cianídrico ) e assim evita-se intoxicações. Tira-se os talos e limpa-se as folhas, que é  moída até atingir o ponto ideal ensinado de geração em geração.
Com bastante água e toicinho cru, o caldeirão vai ao fogo, sendo mexido por período, manhã, tarde, e noite, até que o caldo fique negro e encorpado. Deve-se completar a água de um dia para o outro e deixar o fogo o mais baixo possível.
Quase no final do processo, lá pelo 6º dia incorpora-se as carnes, já dessalgadas: mocotós, bucho, orelhas, rabos de porco, carne-seca, costelas, paios e chouriços. Pimenta-do-reino a gosto e alhos esmagados dão acabamento ao caldeirão de sabores.

E como fica o sabor deste prato que, a primeira vista, causa estranhamento pelo visual verde-negro da mistura de folhas e carnes de porco e vaca?
Quem supera o choque visual e não resiste ao delicioso aroma que se desprende do caldeirão comprova que a maniçoba é muito saborosa, e ainda melhor, se acompanhada de arroz branco, pimenta e farinha. Com certeza um prato inigualável no sabor e na aparência.

A maniçoba, na Bahia, também é servida durante eventos comemorativos, como festa de São João da Feira do Porto, e feiras livres, em forma de bolos ou em refeições tipo "prato feito". Histórias e lendas são contadas sobre o prato pelas pessoas mais antigas. Uns dizem que quem comer tem que descansar, pois é uma comida perigosa, ter repouso total, pois corre risco de morrer.

Lendas que temperam ainda mais este tradicional prato brasileiro.


Assista a um vídeo sobre a Maniçoba. Fonte: Globo Rural.


Escrito por Marceno Braga